domingo, 17 de abril de 2011

RESENHA DO LIVRO "EM BUSCA DO AMOR" MYLES MUNROE

Este livro aborda os principais aspectos relativos à preparação dos jovens para o relacionamento amoroso de uma forma simples, clara e prática. No primeiro capítulo, intitulado como “Preparação para o namoro”, o autor trata a respeito de alguns princípios básicos de preparação para o namoro; como conhecer os padrões de Deus para os relacionamentos, aproveitar a oportunidade de construir amizades com pessoas do sexo oposto e a busca da plenitude durante a vida de solteiro.  Os princípios bíblicos para os relacionamentos são inegociáveis, e a ordem de envolvimento com outra pessoa começa em primeiro lugar no espírito, depois na alma e por último, após o casamento, no nível físico. Podemos interpretar a palavra “namoro” utilizada pelo autor como o “compromisso” pois da forma que está abordado no livro, remete aos mesmos princípios do compromisso ensinado na igreja. Um aspecto muito importante é a questão do relacionamento não ser uma necessidade e sim uma escolha, pois a necessidade acaba eliminando ou minimizando a capacidade da escolha, assim como quando estamos com muita fome, pois comemos qualquer alimento, geralmente com baixa qualidade nutricional. Uma pessoa solteira deve ser completa com um conceito saudável de si mesma, fé clara e sólida. Uma pessoa completa está fisicamente, emocionalmente, espiritualmente e intelectualmente completa sem depender de qualquer outra pessoa. Nunca devemos nos tornar tão preocupados com a pessoa que desejamos  ter a ponto de perder nossa identidade. Os jovens devem aproveitar a vida de solteiro para servir ao Senhor sem restrições a ponto de estarem tão consumidos por Deus que Ele tenha que interrompê-los para trazer seu futuro cônjuge. 
No segundo capítulo, “Construindo o companheireismo: o propósito do namoro” o autor ressalta a importância das amizades, partindo do princípio que um casamento bem sucedido está firmado numa amizade verdadeira. Neste quesito precisamos entender que não é saudável entrar em relacionamento motivado pela carência, pois assim podemos ser levados à defraudação emocional.
A primeira dica para construir amizades é sempre levar o outro a falar de si mesmo, seus interesses, sua família, e só fale de você mesmo quando lhe for perguntado. Busque conhecer a posição espiritual da pessoa e por fim seja um canal de benção na vida da pessoa, ajudando-a a alcançar seus objetivos. O autor fala sobre os quatro níveis básicos na construção das amizades: amizade entre conhecidos, a amizade casual a amizade próxima e a amizade íntima. No nível de conhecidos a amizade é bem superficial, porém devemos encarar que cada pessoa que Deus coloca no nosso caminho tem o seu valor e precisamos discernir as razões de Deus tê-la colocado em nossas vidas, pois daí poderá surgir uma grande amizade. O nível das amizades ocasionais consiste em relacionamentos baseados em interesses comuns, atividades e negócios, e não tanto em emoções. É apenas uma evolução do nível de conhecidos. Para fortalecer o relacionamento os amigos devem demonstrar interesse sincero pelos problemas do outro, sendo bons ouvintes. A honestidade é essencial para nos tornar dignos da confiança do outro. A oração é a ação mais significativa que podemos ter em relação a estes amigos. O terceiro nível de amizade é o companheirismo que baseia-se em alvos mútuos e permite liberdade para surgirem projetos em conjunto visando alcançar tais alvos. No companheirismo os amigos viajam na mesma direção, compartilham valores e ideais. É neste nível que percebemos se uma pessoa pode ser um cônjuge em potencial. Uma das características deste nível de relacionamento é a liberdade de cada um contribuir com o sucesso do outro.
O último nível de relacionamento e mais profundo é a amizade íntima, na qual os amigos são comprometidos no desenvolvimento do caráter um do outro. E essa intimidade requer a liberdade de corrigir o outro para que ele alcance seus alvos. Os amigos íntimos amam-se o suficiente para não permitir o pecado, os desvios ou um caminhar incorreto.
O terceiro capítulo considero bastante esclarecedor porque desmistifica a expectativa do par perfeito. Muitas decepções já foram causadas por falsas expectativas que os jovens cristãos alimentam. Primeiro, não existe uma única pessoa especial separada para nós, pois não há carametades. O que existem são algumas pessoas que podem ser cônjuges em potencial por similaridades de personalidade, de caráter, de valores e interesses. Além do mais Deus não viola o direito de escolha que nos foi dado, por isso Deus não escolhe alguém para nós e sim nós escolhemos, guiados pelo Espírito Santo. O fato que explica isso é simples, como a escolha é nossa nunca poderemos culpar a Deus pelas conseqüências. A chave para uma boa escolha é utilizar padrões de qualidades pessoais e de caráter, e assim poderemos escolher dentre as possibilidades existentes, com quem queremos passar o resto de nossas vidas.
Os últimos capítulos do livro tratam sobre o noivado, considerando esta fase como um período indispensável para a preparação do casamento. O comprometimento do noivado é similar ao do próprio casamento, exceto pelo fato de que as relações sexuais são exclusivamente do casamento. O noivado é o início da aliança e o casamento é a consumação. O noivado é um período de planejamento do casal. Nesta fase deve-se buscar fundamento forte, sólido e espiritual para o casamento. Também é a fase de estabelecer estratégias financeiras e planejamento da criação dos filhos. No noivado serão plantadas as sementes de sucesso para o casamento.

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